Rivais (Challengers 2024)

Crítica | Rivais (Challengers)
Dir.: Luca Guadagnino

Crítica por @lucasjnogueira

A tennis champion who plots a comeback with the help of his wife, a former tennis prodigy who retired after an injury, as he goes up against another player, who happens to be his former best friend and wife’s former lover

Um campeão do tênis busca retomar a carreira com a ajuda de sua esposa, uma tenista que se aposentou após uma lesão. Para isso, ele precisa enfrentar em quadras seu antigo melhor amigo e ex-amante de sua esposa.

Embora a sinopse direcione-se ao personagem interpretado por Mike Faist, a verdadeira estrela aqui é Zendaya. Sua personagem é tida, em primeiro momento, como o suprassumo da perfeição: ela é jovem, bonita, talentosa, confiante e perspicaz. Entretanto, tamanha miscelânea de elogios são prontamente contrapostos pela própria personagem ao longo do filme, ao mostrar seu lado obsessivo, insensível e manipulador.

Sob essa perspectiva, ela é, por ora, mediadora e, por ora, impulsionadora do conflito entre os personagens de Mike Faist e Josh O’Connor. Instiga, ainda, sentimentos ambivalentes de amor e ódio de ambos direcionados a ela e direcionados um ao outro. Em determinada cena é mostrado de maneira simbólica que ela seria um intermédio de desejos homoeróticos deles.

Guadagnino parece ter consolidado, como sua marca autoral, contar histórias sobre a intensidade dos desejos humanos, tal qual nos recentes “Me Chame Pelo Seu Nome” (2017) e “Até os Ossos” (2022). Dessa vez, no entanto, acompanhamos disputas de poder – repletas de componentes sexuais – dentro e fora das quadras entre três pessoas que tentam, a todo tempo, ser o vértice superior desse triângulo muito obsessivo e nada amoroso.

“O poder não se apropria do sexo – o sexo é uma das formas e um dos instrumentos do poder” Michel Foucault, filósofo francês

Crítica:4/5

Estiloso, intenso, sensual e muitíssimo bem filmado. Uma lista de adjetivos que descreve igualmente bem o filme e o seu trio de protagonistas.

Avaliação: 4 de 5.

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