The Story so far:
A WWII veteran embarks on a journey to Normandy in order to celebrate the D-Day landing and face some ghosts from his past.
Sinopse:
Um veterano da Segunda Guerra Mundial embarca em uma jornada para celebrar o desembarque na Normandia e enfrentar alguns fantasmas do passado.
Crítica:
The Last Rifleman é um bom filme, excetuando pequenos detalhes no roteiro. Mesclando drama e pontualmente elementos de comédia, de forma muito equilibrada. O roteiro é fantástico mas ao abordar o tema, que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, deixa a desejar na contextualização de alguns eventos e dinâmicas entre os personagens.
A trama é focada e ágil, o desenvolvimento dos personagens é bem marcado permitindo ao público criar empatia por eles e se interessar pelas relações estabelecidas. O filme chama a atenção de forma positiva ao optar por uma narrativa não linear da história, trazendo aos poucos, o passado de cada indivíduo, deixando a trama ainda mais complexa.
Tecnicamente o filme é muito bom. A caracterização dos personagens e a ambientação são geniais e a fotografia se utiliza do cenário para criar um filme belíssimo.
The Last Rifleman é um drama consistente, com atuações sensíveis e marcantes, uma ótima fotografia, edição, e caracterização dos personagens. Apesar de lento, uma características predominante nos filmes do gênero, a história, que mistura bem algumas piadas pontuais (geralmente conflito entre gerações ou entre os veteranos) tem elementos atraentes que prendem a atenção, principalmente os flashbacks que trazem as cenas de batalha.
O filme tem somente um personagens com relevância. Pierce Brosnan interpreta o protagonista, o carabineiro/rifleman Artie Crawford. Brosnan, que é irlandês (uma fator que trouxe alguns problemas para o ator quando foi escalado para atuar como James Bond), sofreu uma transformação impressionante para atuar como alguém mais de 20 anos mais velho. Com extrema competência e sem clichês ou estereótipos, Brosnan esta impecável, transformando cada cena em uma aula de interpretação e carisma.
Clémence Poésy (Julliette), John Amos (Lincoln Jefferson Adams) e Jürgen Prochnow (Frederich Müller) fazem parte do elenco de apoio. Cada um acaba interpretando um país envolvido no sangrento conflito mundial. Poésy, trás os elementos da resistência francesa e da relação pessoal com os soldados, Amos é o beligerante americano, capaz de ver amigos e inimigos com distinção mas com pouca capacidade de perdoar e Prochnow, que durante anos, interpretou vilões, em alguns dos melhores filmes de ação, da década de 80 e 90 se apresenta novamente como o antagonista, um homem com algum arrependimento em busca de paz. Essas três interpretações pontuais ajudam bastante o filme a ter carisma.
Esta é o segundo longa do diretor Terry Loane que tem ótimos trabalhos em seus curtas e shows destinados a televisão. Loane tem predileção por abordar temas ligados aos conflitos europeus, principalmente quando envolvem questões religiosas e políticas que impactaram ou ainda impactam a posição da Irlanda.
Os filmes de Loane apresentam uma estética muito própria do cinema moderno irlandês/bretão com uma forte tendência intimista (filmes com poucos personagens, focado na dinâmica emocional interna ou externa dos personagens, geralmente envolvendo viagens idílicas em busca de forclusão). Esta opção torna o filme visualmente agradável e pontuado por surpresas á medida que somos surpreendidos, com cortes entre as cenas, onde surgem estes contrastes, geralmente pontuando um elemento da trama ligado ao desenvolvimento dos personagens, revelando algo que estava guardado e protegido, neste caso, em flasbacks.
O roteiro é focado no desenvolvimento dos personagens e na organização da trama, que ocorre de forma não linear, ampliando a complexidade da história e permitindo ao elenco desenvolver diferentes camadas de atuação. Kevin Fitzpatrick, o roteirista, tem pouca experiência com longas, sendo este somente seu primeiro mas o resultado é muito bom.
The Last Rifleman um belo drama, pontuado, de forma razoável por algumas piadas e sustentado por um roteiro sensível e contemporâneo na interpretação dos eventos (já que não faz nenhuma glorificação da guerra abordando o tema de forma pragmática) além de ótimas atuações, com destaque para Pierce Brosnan.
Como todo drama, o filme se organiza em torno da trama e do desenvolvimento dos personagens e inevitavelmente o ritmo é mais lento, para que todos os elementos do roteiro possam se destacar.
O resultado é muito positivo pois, apesar de pausado, o roteiro está sempre apresentando um novo elemento a história, seja para o desenvolvimento emocional dos personagens ou na construção da história da Irlanda, Inglaterra e dos eventos que transcorreram durante a Segunda Guerra Mundial. Uma ótima produção para quem aprecia um drama leve com componentes históricos.
Nota: 3,5/5
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- Saving Private Ryan (1998):
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- The hurt Locker (2008):
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Nossa, não reconheci o Borsnan.
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Uma maquiagem assustadora de tão perfeita
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