O Último Soldado (The Last Rifleman 2023 Sky)

em

The Story so far:

A WWII veteran embarks on a journey to Normandy in order to celebrate the D-Day landing and face some ghosts from his past.

Sinopse:

Um veterano da Segunda Guerra Mundial embarca em uma jornada para celebrar o desembarque na Normandia e enfrentar alguns fantasmas do passado.

Crítica:

The Last Rifleman é um bom filme, excetuando pequenos detalhes no roteiro. Mesclando drama e pontualmente elementos de comédia, de forma muito equilibrada. O roteiro é fantástico mas ao abordar o tema, que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, deixa a desejar na contextualização de alguns eventos e dinâmicas entre os personagens.

A trama é focada e ágil, o desenvolvimento dos personagens é bem marcado permitindo ao público criar empatia por eles e se interessar pelas relações estabelecidas. O filme chama a atenção de forma positiva ao optar por uma narrativa não linear da história, trazendo aos poucos, o passado de cada indivíduo, deixando a trama ainda mais complexa.

Tecnicamente o filme é muito bom. A caracterização dos personagens e a ambientação são geniais e a fotografia se utiliza do cenário para criar um filme belíssimo.

The Last Rifleman é um drama consistente, com atuações sensíveis e marcantes, uma ótima fotografia, edição, e caracterização dos personagens. Apesar de lento, uma características predominante nos filmes do gênero, a história, que mistura bem algumas piadas pontuais (geralmente conflito entre gerações ou entre os veteranos) tem elementos atraentes que prendem a atenção, principalmente os flashbacks que trazem as cenas de batalha.

O filme tem somente um personagens com relevância. Pierce Brosnan interpreta o protagonista, o carabineiro/rifleman Artie Crawford. Brosnan, que é irlandês (uma fator que trouxe alguns problemas para o ator quando foi escalado para atuar como James Bond), sofreu uma transformação impressionante para atuar como alguém mais de 20 anos mais velho. Com extrema competência e sem clichês ou estereótipos, Brosnan esta impecável, transformando cada cena em uma aula de interpretação e carisma.

Clémence Poésy (Julliette), John Amos (Lincoln Jefferson Adams) e Jürgen Prochnow (Frederich Müller) fazem parte do elenco de apoio. Cada um acaba interpretando um país envolvido no sangrento conflito mundial. Poésy, trás os elementos da resistência francesa e da relação pessoal com os soldados, Amos é o beligerante americano, capaz de ver amigos e inimigos com distinção mas com pouca capacidade de perdoar e Prochnow, que durante anos, interpretou vilões, em alguns dos melhores filmes de ação, da década de 80 e 90 se apresenta novamente como o antagonista, um homem com algum arrependimento em busca de paz. Essas três interpretações pontuais ajudam bastante o filme a ter carisma.

Esta é o segundo longa do diretor Terry Loane que tem ótimos trabalhos em seus curtas e shows destinados a televisão. Loane tem predileção por abordar temas ligados aos conflitos europeus, principalmente quando envolvem questões religiosas e políticas que impactaram ou ainda impactam a posição da Irlanda.

Os filmes de Loane apresentam uma estética muito própria do cinema moderno irlandês/bretão com uma forte tendência intimista (filmes com poucos personagens, focado na dinâmica emocional interna ou externa dos personagens, geralmente envolvendo viagens idílicas em busca de forclusão). Esta opção torna o filme visualmente agradável e pontuado por surpresas á medida que somos surpreendidos, com cortes entre as cenas, onde surgem estes contrastes, geralmente pontuando um elemento da trama ligado ao desenvolvimento dos personagens, revelando algo que estava guardado e protegido, neste caso, em flasbacks.

O roteiro é focado no desenvolvimento dos personagens e na organização da trama, que ocorre de forma não linear, ampliando a complexidade da história e permitindo ao elenco desenvolver diferentes camadas de atuação. Kevin Fitzpatrick, o roteirista, tem pouca experiência com longas, sendo este somente seu primeiro mas o resultado é muito bom.

Veredito:

The Last Rifleman um belo drama, pontuado, de forma razoável por algumas piadas e sustentado por um roteiro sensível e contemporâneo na interpretação dos eventos (já que não faz nenhuma glorificação da guerra abordando o tema de forma pragmática) além de ótimas atuações, com destaque para Pierce Brosnan.

Como todo drama, o filme se organiza em torno da trama e do desenvolvimento dos personagens e inevitavelmente o ritmo é mais lento, para que todos os elementos do roteiro possam se destacar.

O resultado é muito positivo pois, apesar de pausado, o roteiro está sempre apresentando um novo elemento a história, seja para o desenvolvimento emocional dos personagens ou na construção da história da Irlanda, Inglaterra e dos eventos que transcorreram durante a Segunda Guerra Mundial. Uma ótima produção para quem aprecia um drama leve com componentes históricos.

My grandfather joined ther Brasilian rifleman regiment. This is the day he and my granmother said their goodbyes, just to be reunited a year and a half later.

Nota: 3,5/5

Avaliação: 3.5 de 5.

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2 comentários Adicione o seu

  1. Nossa, não reconheci o Borsnan.

    Curtido por 2 pessoas

    1. Filmose disse:

      Uma maquiagem assustadora de tão perfeita

      Curtido por 1 pessoa

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