Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatriz (Rebel Moon – Part Two: The Scargiver 2024 Netflix)

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The Story so far:

Kora and the rebels scapes general Noble and are back in Veldt, readying its defenses and waiting for the final assault from the Motherworld.

Sinopse:

Kora e os rebeldes escapam do general Noble e estão de volta a Veldt, preparando suas defesas e aguardando o ataque final do Mundo Mãe.

Crítica:

Rebel Moon – Parte 2 é uma produção problemática. O roteiro é uma adaptação inconsistente de um dos maiores clássicos do cinema (descubra mais lendo a crítica), as cenas de ação e efeitos especiais não conseguem se destacar e não são interessantes o suficiente para prender nossa atenção. O confronto épico imaginado pelo diretor, uma luta entre o bem e o mau, se torna um combate de proporções limitadas e os personagens não tem carisma. Existem duas boas atuações que merecem destaque mas não são o suficiente para sustentar a trama.

Sem uma atmosfera de ação e aventura adequadas o filme acaba se tornando mais genérico e vai desagradar quem espera algo mais tenso e violento. Mas optar por um filme com mais nuance abre a possibilidade para um público mais amplo, que tem interesse em uma produção mais leve, divertida e capaz de agradar diferentes faixas etárias.

Tecnicamente o filme é bom. À caracterização dos personagens e a ambientação são boas e a fotografia é competente. Os efeitos especiais ainda são o destaque do filme porém são irregulares, variando bastante entre as cenas. A iluminação é melhor do que a maioria dos filmes mas contribui pouco para os elementos de tensão.

Rebel Moon – Parte 2 é somente um filme regular, cansativo e sem criatividade. Os efeitos especiais ainda impressionam mas não bastam para salvar a história. As cenas de ação simplesmente não tem a grandiosidade que se espera de uma produção desta magnitude.

Podemos reduzir o filme as duas atuações mais significativas. Sofia Boutella (Kora) interpreta a protagonista absoluta. Uma ex combatente assombrada pelos crimes e traições do passado. Isolada em uma lua distante recomeçar uma nova vida. Os eventos do primeiro filme acabam com essa possibilidade e ele se vê diante de uma escolha: reunir um grupo de seletos combatentes ou sucumbir.

Boutella apresenta umma atuação sólida e consistente entre os filmes. O personagem requer uma atução tanto fisicamente exigente quanto alguma sutileza e docilidade; algo que ela consegue com facilidade. Ed Skrein interpreta Nobel, um obstinado general que, por acidente, acha Kora em um mundo isolado. Skrein tem uma presença física relevante, importante para o personagem que impõem respeito tanto pela presença física quanto pela crueldade psicopática.

O filme é dirigido por Zack Snyder outrora um bom diretor, com obras excelentes e definitivas como Watchmen (2009) e 300 (2009). Snyder foi se distanciando do diretor competente e focado no desenvolvimento de personagens para perseguir um estilo próprio, com uma narrativa e estética singulares mas que nem sempre funciona.

Snyder investiu pesadamente na relação com a Netflix e produziu o ótimo Army of the Dead (2021), que gerou um spin off igualmente positivo Army of Thieves (2021), este dirigido com competência por Matthias Schweighöfer. Contudo, sem regularidade, Snyder corre o risco de ver uma ótima carreira manchada por obras delirantes que são apenas ideias recicladas ou adaptações de filmes antigos.

O roteiro de Rebel Moon é uma adaptação de Os Sete Samurais (1954). O mesmo roteiro foi a base para o western Sete Homens e um Destino, um ótimo filme que tem em 1960 e 2016 versões muito diferentes porém bem mais eficientes que Rebel Moon.

Shay Hatten e Kurt Johnstad são os principais roteirista e tem trabalhado com Snyder (que também contribuiu com o roteiro) a muito tempo. É possível que a amizade e o companheirismo entre eles tenha impedido maiores críticas ao filme, algo que poderia tê-lo salvado.

Veredito:

Rebel Moon – Parte 2 é uma produção regular. Faltam boas cenas de ação, os personagens não são marcantes (todos são extrapolações de estereótipos ou versões desgastadas ou até mesmo cópias de caracteres vistos em outras produções) e a trama é fraca.

Sem nenhuma atuação marcante, excetuando Sofia Boutella, que mostra capacidade de atuar em filmes que exigem grande empenho físico, restam os efeitos especiais, que são bons mas não inovadores o suficiente para salvar o filme de um final previsível e ate decepcionante.

Existem opções melhores (Code 8 parte 1 & 2) na Netflix. Deve agradar o público que gosta de ficção cientifica e ação mas não o suficiente.

Nota: 2,5/5

Avaliação: 2.5 de 5.

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