Scoop (2024 Netflix)

The Story so far:

The story of how the ties between the Duke of York and a sex traffic scandal were exposed. Based on true events.

SCOOP

Sinopse:

A história de como os laços entre o duque de York e um escândalo de tráfico sexual foram expostos. Baseado em fatos reais.

Crítica:

Scoop é um ótimo drama. Um filme focado e bem elaborado, com clareza de objetivo e interpretações fantásticas.

Considerado todos estes fatores, o filme atinge diversos objetivos. Ele demanda uma reflexão sobre o jornalismo, sobre a utilidade da realeza e da maneira como o capital influência e controla a informação.

Tecnicamente o filme é regular. Os efeitos práticos, são bons e a caracterização dos personagens e a ambientação tem alguma qualidade, apesar de não oferecerem nada novo.

Scoop é um drama que impressiona pela agilidade com a qual a trama progride. O tema do filme é tratado com sinceridade e maturidade, sem excessos ou espetacularização. A ligação umbilical entre a falência moral da monarquia e a crescente covardia dos veículos de informação, cada vez mais dependentes do dinheiro de grades financiadores e muitas vezes, submissos a vontade dos donos, é apresentada de forma crua e direta.

O subtexto do filme, direciona o espectador para refletir sobre o papel da imprensa (escrita ou de não) que muitas vezes age para proteger os interesses corporativos ou propositalmente enterra noticias de potencial desastroso, visando benefícios.

O filme apresentam três interpretações magistrais. Rufus Sewell (irreconhecível) interpreta, com imensa competência, o duque de York. A maquiagem que envelheceu o ator, ajudou na construção do personagem; um homem infantilizado, frágil e inseguro, preso a uma hierarquia que o limitava socialmente e intelectualmente. Sewell (cuja atuação em A Knight’s Tale e Dark City me impressionam até hoje) chega a dominar o filme em diferentes momentos.

Billie Piper, conhecida por seus personagens em Doctor Who e Secret Diary of a Call Girl é de facto, protagonista do filme. Apesar de dividir o filme com outros personagens de igual magnitude, Piper, que interpreta a jornalista Sam McAlister, oferece uma atuação sólida, que mistura tenacidade e determinação. Talvez a personagem com melhor desenvolvimento no filme.

Gillian Anderson, que interpreta Emily Maitlis, uma jornalista experiente, tem um papel mais limitado, ela é o elemento mais fraco dos três principais personagens. Pelo menos até o arco final do filme, quando ela assume definitivamente o protagonismo. Solida e contundente na forma com a qual constrói uma jornalista indignada com o atual estado dos conglomerados de informação.

Philip Martin é um ótimo diretor de cinema com vasta experiência com dramas, filmes históricos e séries/shows para a televisão. Martin, que dirigiu The Crown, tem uma visão crítica e realista da monarquia inglesa e desenvolveu um trabalho sólido neste filme. Criativo, ágil na construção da trama e focado.

O roteiro tem como base o livro homônimo, escrito pela jornalista Sam McAlister. Peter Moffat e Geoff Bussetil se basearam nos eventos que assombraram a coroa inglesa para adaptar o livro para o cinema.

Veredito:

Sccop é um bom drama. A temática é contemporânea, marcada por uma abordagem séria e respeitosa dos eventos, sem poupar criticas aos criminosos .

O filme deixa claro os problemas com a monarquia, como modelo de tutela do estado britânico que protege os excessos e a crescente degeneração, mental, ética e social dos membros de uma das mais longevas famílias reais.

Com ótimas atuações, diálogos inteligentes, ácidos e ágeis, o filme tem inúmeras qualidades e merece ser visto por quem aprecia um drama leve mas impactante

Nota: 3,5/5

Avaliação: 3.5 de 5.

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1 comentário Adicione o seu

  1. Priti disse:

    Good story I have to see it well shared ☺️

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