Crítica memorável- Sitio do Pica Pau Amarelo.

Criado por Monteiro Lobato, o Sítio do Pica Pau Amarelo é uma série de 23 livros, escritos entre 1920 e 1947, e que contam as aventuras de Pedrinho e Narizinho no sitio da avó.

Em um cenário mágico, as duas crianças enfrentam seres mitológicos, fazem amizade com princesas, desvendam mistérios e principalmente, desenvolvem um profundo laço de amizade com Emília, a boneca de pano de Narizinho, Visconde de Sabugosa, uma espiga de milho dada a filosofia, Rabicó, um porquinho tão simpático e comilão quanto medroso e Quindim um rinoceronte.

A rede Globo foi a responsável por duas versões live-action, uma entre 1977 – 1986 (clássica) e outra de menor sucesso entre 2001 – 2007. Existe ainda um desenho animado que teve um sucesso marginal.

A série clássica é tecnicamente fantástica; os efeitos eram impressionantes para a época, considerando o que se fazia na tv e o conteúdo tinha valor cultural. O elenco principal, foi responsável por interpretações inteligentes e sensíveis e que respeitavam o público alvo.

As personagens femininas eram fortes, aventureiras, sensíveis e inteligentes. Mesmo a principal vilã da série, a Cuca (uma bruxa em forma de jacaré) era uma personagem interessante. Os personagens masculinos tinham valor heroico mas eram quase figurantes diante do carisma da Emília.

Filmose faz uma crítica isenta de saudosismo e reconhece os limites da série, o uso de clichês e esteriótipos e ate a manutenção de um certo pensamento de classe e etnicista. Mas o intrínseco valor cultural prevalece. Uma das poucas produções da Rede Globo que sobreviverá ao teste do tempo.

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  1. Esse foi um seriado que marcou muito e ficou gravado para sempre na vida e no coração de quem o acompanhava.

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