O Cara da Piscina (Poolman)

em

2023 ‧ Mistério/Comédia ‧ 1h 40m

The Story so far:

Darren is way over his head and things are not getting easier.

The Pool Man Darren Barrenman

Sinopse:

Darren está se envolvendo com questões muito complexas e ele não está sabendo lidar com isso.

Crítica:

Poolman é uma comédia que mescla com certa dificuldade, elementos surreais com uma narrativa filosófica e, pontualmente, tenta inserir alguns componentes de mistério a trama, sem muito sucesso.

O desenvolvimento dos personagens é irregular e isso cria dificuldades para o público criar empatia com eles. O roteiro é bom mas desorganizado.

Tecnicamente o filme é bom com ótimos efeitos práticos e uma ótima caracterização dos personagens. Visualmente, impressiona com sua cinematografia melancólica e estética surreal.

Poolman é uma comédia inconsistente; a trama se beneficia de elementos pontuais de drama mas sofre com a falta de estrutura e foco. A direção não consegue definir se permite o desenvolvimento dos personagens ou da história. O roteiro é bom e até certo ponto tem ótimas críticas e bons diálogos mas não consegue se comprometer inteiramente com o gênero, deixando a desejar.

Chris Pine se destaca ao interpretar uma versão moderna e atualizada de diferentes personagens. Mesclando ingenuidade, falta de foco, arrogância, maneirismos exóticos e uma falsa noção de compromisso social, deturpada pelas próprias fantasias de heroísmo, o personagem de Pine é ao mesmo tempo caricato e representativo de uma ótima escola de anti-heróis, tragados pela trama. A atuação de Pine (com uma bela barba) é uma das melhores coisas do filme.

Os personagens de Danny DeVito e Annette Bening são pontualmente relevantes para ajustar o personagem central ou para permitir os excessos do mesmo. Sem uma função essencial, ambos se destacam pelas boas atuações apesar dos personagens menores. DeWanda Wise tem uma personagem instigante que, em qualquer outra trama, seria importante para a história, mas aqui, devido a falta de foco da direção, se perde em pequenas aparições.

Chris Pine dirige e contribui com o roteiro do primeiro filme dele. Sem muitas referências, o que podemos observar é que Pine não consegue dar ao filme uma estrutura adequada. Sem limites bem definidos, a trama e os personagens não se desenvolvem o suficiente; por vezes falta uma certa concatenação entre as ideias que os personagens procuram expressar, e a história, o que torna o filme sem sentido sem sem um filme nonsense.

Parece existir uma influência das comédias dirigidas pelos irmão Cohen, principalmente Big Lebowski. Isso não é necessariamente algo ruim, é comum que diretores iniciantes se espelhem em filmes e diretores consagrados, ate acharem um estilo e estética próprias. Sendo isso verdade, Pine segue por um ótimo caminho.

O roteiro tem a participação de Ian Gotler, um ator, roteirista e produtor igualmente inexperiente. A trama tenta ser nonsense mas o resultado é um filme sem uma linha narrativa organizada, que tenta cobrir muitos temas sem permitir que os personagens ou mesmo a história, se desenvolvam de forma adequada.

Where I go

Veredito:

Poolman é uma comédia inteligente, sensível porém inconsistente. Ao não se comprometer com o gênero, o filme acaba se tornando cansativo e exigindo do espectador uma capacidade de concentração e foco que não é recompensada. Os personagens são interessantes e bizarros, com maneirismos que os tornam atraentes e humanos, mas nem todos chamam a atenção, pois o filme não tem foco.

O resultado aparece em um desenvolvimento irregular da trama e dos personagens. As atuações, principalmente o empenho (e a bela barba) de Chris Pine e Clancy Brown (sem barba) se sobressaem e merecem ser destacadas as atuações de Danny DeVito, Jennifer Jason Leigh, Annette Bening e principalmente DeWanda Wise, uma verdadeira femme fatale da comédia.

Um bom filme para quem aprecia uma comédia baseada em conflitos inteligentes com personagens exóticos e uma trama divertida porém irrelevante para a história. Existe um espaço para o drama, importante para quebrar o ritmo e desenvolver os personagens. Deve agradar quem busca uma história diferente para o gênero.

Nota: 2,5/5

Avaliação: 2.5 de 5.

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1 comentário Adicione o seu

  1. Nem dos atores gosto. rsrsrs Com exceção de Bening.

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