Fúria Primitiva – Monkey Man (2024)

He is know by the name kid, a nobody, but he’s going to transform itself along his journey into someone, someone dangerous. He’s on a mission, to fight not just a man but a whole group that is making the peoples lives miserable by exploration. Intelligent, patient, estrategist, he is focused on his goal and will kill anyone who misscross his way. Besides his fury, he keeps a golden heart inside his chest.

Ele é conhecido pelo nome de kid, um zé ninguém, mas que vai se transformando ao longo de sua jornada em alguém, alguém perigoso. Ele está em uma missão: lutar não apenas contra um homem, mas contra todo um grupo que está tornando a vida das pessoas miserável pela exploração. Inteligente, paciente, estrategista, ele está focado em seu objetivo e matará qualquer um que cruzar seu caminho. Além da fúria, ele guarda um coração de ouro dentro do peito.

Um olhar diferente no meio da multidão, silencioso, atento.

Dev Patel surpreende em seu primeiro filme dirigido e protagonizado por ele mesmo, outros nomes do roteiro são de Paul Angunawela e John Collee. A trama central é focada em uma tragédia pessoal, mas ao mesmo tempo não se limita só isso, Kid (Dev Patel) busca vingança e vai até onde essa sede o levar, na trama maior vemos que existe um verdadeiro submundo indiano com corrupção e exploração de pessoas, não só por policiais locais e criminosos, como também pessoas de grande influência internacional e cargos políticos, dentre eles a maior figura e grande antagonista, o líder religioso Baba Shakti (Makarand Deshpande).

Monstros também são pessoas civilizadas.

O filme é muito bem produzido, ambientação, iluminação e fotografia excelentes, além disso as cenas de ação parecem bem orgânicas e no timing certo, o título do filme original, Monkey Man, se refere a um mito de um homem macaco que surgiria para lutar pelo povo, Kid é a personificação desse mito, profundamente conectado a história contada a ele por sua mãe quando ainda era um garoto, ele aos poucos assume esse papel de guerreiro, e não mais luta só por si, mas também por todos os seus semelhantes.

Sobrevivendo de lutas livres clandestinas onde ganha pouco e é explorado por seu chefe que o provoca a sangrar se quiser ganhar melhor, muitas vezes ganha ou perde lutas de acordo com seu interesse, o que parece é que se culpa e se pune através das lutas apanhando, sempre provocando o adversário a bater mais forte. Sabe lutar, mas sabe apanhar também. Alimentando durante muitos anos um ódio escalar da dor que lhe causaram quando criança, ele consegue encontrar o caminho até seu alvo a partir de um logotipo em um cartão de visita encontrado no dia da tragédia.

Muitas cenas lembram os filmes de John Wick com Keanu Reeves, não por acaso, existe uma breve menção ao próprio John em um momento da obra onde o protagonista está comprando um revolver para executar seu alvo. Kid apesar de planejar e executar tudo, não pode fazer tudo sozinho, é humanamente impossível, claro, porque ele não é John Wick, recebe muito apoio dos que veem nele a força necessária para atacar os grandes comandantes desse sistema opressor e exploratório.

Sua fúria será o combustível que o levará até o fim dessa missão.

Quando decide agir após treinar exaustivamente, nada o segura, quem não era ninguém se torna alguém incontrolável, quase como um videogame com fases, cada andar um nível diferente, com dificuldades diferentes, avança até alcançar seu alvo, mas vai além, e chega até a raiz da corrupção. Um homem que não vê as pessoas como seres humanos, são como animais para ele, não possuem nome, não possuem história, são escravos ou pedras em seu caminho, Kid vem como uma força impiedosa em toda sua fúria primitiva, em uma retaliação em nome de todos os que sofreram.

Destaque Musical

Crítica 4/5

Fúria Primitiva impressiona, emociona e entretém. Com uma história bastante realista que apresenta os dramas da exploração das massas por minorias com grande poder e influência. É uma história de vingança assim como vemos na trama de John Wick, mas como com ele na sua série de filmes, simpatizamos muito com o protagonista aqui quando descobrimos detalhes de seu passado que o fizeram ir tão longe para acertar as contas.

Dev Patel nos entrega um belíssimo trabalho tanto na produção como atuação de Kid. Como a história aqui parece fechada não acredito que se desdobrará em uma possível série de filmes, mas tudo pode acontecer. Monkey Man vale seu tempo e para os amantes de filmes de ação esse é um daqueles “filmAços”.