Salamandra (The Salamander/La Salamandre)

Um drama sem criatividade e pautado por clichês.

The Story so far:

Catherine arrives in Brazil soon after a personal loss. Looking for a chance of pace and some thrill, she jumps head first into a fling with a stanger.

Sinopse:

Catherine vem ao Brasil visitar a irmã para se recompor após uma tragédia. Buscando uma nova vida, ela se decide se entregar a uma paixão sem medir as consequências.

Crítica:

Salamandra tem algumas qualidades como a interpretação de Marina Foïs, a bela fotografia e alguns aspctos da trama. Porém o filme é somente uma organização de clichês desgatados.

O desenvolvimento dos personagens é bem marcado permitindo ao público criar empatia por eles. O roteiro é regular e construído com base nas diferentes nuances e desejos dos protagonistas. A direção é focada mas sem um roteiro de qualidade se limita muitas vezes a apresentar uma visão estética.

Tecnicamente o filme é bom. A direção de arte fez um ótimo trabalho na caracterização dos personagens, a fotografia é belíssima.

Salamandra é um drama sólido que não teme se comprometer com reflexões e conflitos afetivos. Contudo tem um ritmo lento demais e confunde proselitismo com lirismo.

O roteiro é construído de forma linear para organizar a trama; sem nenhuma novidade na maneira com a qual aborda o desagastado tema da liberdade. A direção mantém o filme focado e centrado na história mas não consegue imprimir agilidade a trama. O filme é cansativo.

Marina Foïs (Catherine) tem uma atuação sólida e transmite credibilidade a personagem. Maicon Rodrigues (Gil) divide com Fois o protagonismo da trama porém não consegue fugir dos estereótipos do personagem.

Salamandra é o primeiro filme do diretor Alex Carvalho que demonstra um bom senso estético, uma visão protocolar da fotografia e um posicionamento de câmera típico do cinema brasileiro, cm takes mais fechados e favorecimento de closes.

O roteiro é baseado no romance de Jean-Christophe Rufin e foi adaptado pelo diretor com a colaboração de Thomas Bidegain e Alix Delaporte. Talvez o ponto de maior fragilidade do filme, pois é lento, sem nenhuma novidade e uma transcrição quase literal do livro, um erro mortal pois são dois meios com estilos de transmissão de informação que diferem enormemente.

Veredito:

Salamandra é um filme tedioso que se sustenta por clichês e alguns estereótipos indesejados, como a super sexualização dos homens negros ou a noção de que mulheres apaixonadas são pessoas sem capacidade de crítica.

A direção é competente mas sem um bom roteiro tenta transformar minutos de silêncio em lirismo, algo que funcionaria se o filme tivesse um subtexto interessante ou mesmo uma ideia estética diferente, que trouxesse algo novo ao gênero.

Quem aprecia um drama lento, pode se interessar por esta obra.

Nota: 1,5/5

Avaliação: 1.5 de 5.

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2 comentários Adicione o seu

  1. Parece um filme sem graça.

    Curtido por 1 pessoa

    1. Filmose disse:

      ruim demais. O diretor não tem experiência e ele tenta sustentar a trama com base em clichês cansativos e um pretenso lirismo

      Curtido por 1 pessoa

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